Alçou um voo alto
Num impulso só
Um respiro profundo de céu azul
Perdeu o fôlego e plainou sentindo o vento
Aos poucos era o próprio céu
Esquecida da terra mergulhou num azul que nunca chegava
Num azul que era um chamado
Que se perdia em névoas rasas
Em esquecimento
Mirou a terra ao longe
Tudo um tamanho só
Tudo era chão.
Quis voltar agora
Sentiu saudade
Descobriu no enfado do êxtase
Que felicidade não dura sempre.
(Mariani Lima)