segunda-feira, 8 de julho de 2013

Pé de mágoa


Arranquei de vez o pé de mágoa
Que há muito arvorecia
Cuja sombra quente comprimia nossos ais

Planta antiga
De flor ancestral da minha vida e da tua
Precipitado para a rua
A saudar o cais.

Hoje arranquei seu tronco retorcido
Dei-lhe um novo rumo
Um novo muro
Onde outro não há mais

Plantei pomar garboso
Frondoso
Harmonioso
Bonito demais!

Pra enfeitar a nova remessa.
Pra saudar uma gente sem pressa.
Que passa olhando de quina
Que pára na nossa esquina
Em busca   do que não há mais.

(Mariani Lima)