Arranquei de vez o pé de mágoa
Que há muito arvorecia
Cuja sombra quente comprimia nossos ais
Planta antiga
De flor ancestral da minha vida e da tua
Precipitado para a rua
A saudar o cais.
Hoje arranquei seu tronco retorcido
Dei-lhe um novo rumo
Um novo muro
Onde outro não há mais
Plantei pomar garboso
Frondoso
Harmonioso
Bonito demais!
Pra enfeitar a nova remessa.
Pra saudar uma gente sem pressa.
Que passa olhando de quina
Que pára na nossa esquina
Em busca do que não há mais.
(Mariani Lima)